30/06/2016

Capítulo 17.


Justin Bieber POV.
Algumas semanas depois.
Durante algumas semanas, eu me preocupei de verdade, mais do que eu um dia pudesse pensar que me preocuparia. Quero dizer, de certa forma, eu senti e ainda sinto medo de algo ruim acontecer a ela. Ainda que eu nunca tenha passado por perdas, ela talvez pudesse ter se tornado a última pessoa no mundo em que eu poderia superar. Mas pensar em tal possibilidade, fizera com que minhas noites se convertessem a uma insônia anormal, de modo que eu não conseguira piscar sem me sentir menos culpado por tudo o que aconteceu em poucos meses.
Meus amigos e eu passamos alguns finais de semanas em minha casa, lugar que, enquanto bebíamos, pintávamos os quatro cantos do quarto. Depois de pronto, eles também me ajudaram a decorá-lo de uma forma simples, porém realmente bonita, dando-nos a oportunidade de vermos um berço branco no centro do cômodo e, ao seu lado, uma cômoda da mesma cor, bem larga, de fato. Eu comprei uma cortina na semana passada. Ainda que eu não saiba que Selena pense em voltar para nossa casa, eu espero por isso.

Zac permanece ao meu lado, ele está medicando Selena e já faz um tempo desde o momento em que o mesmo chegou.
— Você estará lá comigo, Zac? — questiona a garota, seu rosto está fraco e as juntas dos seus olhos aparentam estar cansadas.
— Sim, Selena, eu estarei lá com você. — ele a responde depois de juntar suas coisas. É a terceira vez do dia que Selena passa mal. — Justin, você poderia nos deixar a sós? — sua pergunta me deixa um pouco aflito, quero dizer, por que não posso estar presente? — Preciso conversar com Selena. — mesmo não querendo, eu balanço a cabeça e lentamente e me dirijo para fora do quarto, deixando a madeira bater por trás do meu corpo rígido.
Desço as escadas com calma, observando, sem muitos esforços, Brian e Mandy sentados em um dos sofás que há na sala. A televisão está ligada e ambos parecem atentos na programação que passa. É pouco mais das nove da noite, eu cheguei cerca de três horas atrás. Então, assim que me sento em uma poltrona, noto que o homem alto me olha agora, ele não parece gostar de mim, mas sinto que me empurra pela garganta apenas porque não há outro meio.
— Você passará outra noite aqui, rapaz? — Brian pergunta e devido à forma que sua voz soa, eu rapidamente nego com a cabeça e completo:
— Não, senhor. — eu nego não querendo, mas sim sabendo que ele, o pai de Selena, não quer que eu novamente volte a dormir com ela.
— Muito bom. — ele responde e arranca uma risada de Mandy, que apesar de também não ir muito com a minha cara, jamais rendeu assunto enquanto estivemos por perto. Eu realmente acho isso bom, afinal, eu não saberia o que dizê-la.

Selena Gomez POV.
Seus olhos claros passeiam por minha barriga por diversos momentos, enquanto suas mãos sentem os batimentos que o bebê transfere de dentro do meu corpo, causando-me um mal estar que, mesmo não querendo admitir, sinto. Em outras palavras, tais como as que eu não quero dizer, meu bebê passara a me fazer tão mal quanto eu poderia pensar que um dia aconteceria. Meu corpo não coopera em nada que meu cérebro o manda fazer, muito pelo contrário, mesmo desejando mover todos os músculos que me restam, permaneço imóvel, como um peso morto sobre a cama. Sinto o fervor em meu sangue escorrer por minhas veias, enquanto sei, mesmo não me vendo frequentemente, que meu reflexo é tão podre quanto a forma ruim que venho sentindo em mim. Então, quanto o bebê se mexe, é algo como se isso dilacerasse todos os órgãos que complementam meu eu, e é inevitável não sentir a imensa dor entre minhas pernas, na região central da minha barriga e sobre a espinha das minhas costas, totalmente rígida e ferida.
— Você tem bebido o remédio? — Zac me pergunta de uma maneira calma, porém eu sei que ele está tão preocupado quanto Justin.
— Sim, Zac, todos os dias antes de adormecer. — explico direitinho, minha voz é fraca, mas não tanto quanto meu corpo. Minhas juntas, todas elas, estão tão cansadas de permanecerem trabalhando.
— Ok. — ele se levanta e conserta os travesseiros que estão em cada lado do meu corpo, eles vêm me proporcionado um pouco de calma, pois com eles, às vezes, me esquivo da dor, mesmo que por poucos segundos. — Selena, agora eu preciso que preste bastante atenção. — assinto com a cabeça, minha respiração está rápida e quase descontrolada, porém seguro o nervosismo, engolindo o seco e sentindo meus lábios racharem após passar meus dois dentes superiores sobre os mesmos. — Se passaram quatro semanas e tem ficado cada vez mais difícil fazer com que o bebê permaneça aí dentro. Eu entendo que está sendo dias difíceis, mas você vai precisar aguentar mais dois meses.
— Eu aguento, Zac. — eu não sei se menti, mas quero acreditar que aguentarei todas as dores se isso fizer com que meu bebê nasça bem.
— Você está muito fraca e precisa controlar quaisquer movimentos que ele der. — eu balanço a cabeça e o encaro bem. Sua feição é morna, porém transfere preocupação. — Eu farei com que tudo dê certo, mas você vai precisar ser forte, tudo bem? Quando chegar a hora, você vai precisar ter em mente que qualquer ato mal cometido, trará resultados não desejados. Sua gravidez é de risco e eu nunca lhe escondi isso.
— Eu sei. — não sou rude.
— Se esse bebe vier antes dos noves meses, ele pode não sobreviver. — meu olho se enche de lágrimas e isso faz com que eu sinta as batidas do meu próprio coração. Pensar nisso é algo que me parte ao meio, metaforicamente, mas que dói de uma maneira que mesmo física, não doeria.
— Zac... Por favor, não deixe meu bebê morrer.
— Eu juro que farei o impossível, Selena. — balanço a cabeça, pois não sei uma forma melhor de agradecer, nem mesmo dizendo “obrigada”. — Eu não posso lhe dar absolutamente mais nada para amenizar a dor, você não pode beber remédios. O que eu te passei é bem fraco, por isso o efeito não vale para nada.
— Tudo bem, eu aguento. — ele sorri, mas não sei por quê.
De certa forma, o homem recolhe suas coisas e se despede de mim, saindo do quarto após apagar a luz fraca que há por cima do meu corpo deitado. Não demora muito para que Justin apareça. Em seu rosto não há um sorriso, a verdade é que eu não o vejo sorrir já faz um tempo.
— Como você está? — ele pergunta após sentar-se ao meu lado. Suas mãos seguem em direção a minha barriga rígida. Eu acho estranho o fato de que sempre que Justin está por perto, o bebê aparenta ficar tão agitado. Talvez ele apenas sinta o mesmo que eu sinto quando ele está ao meu lado.
— Estou bem, não se preocupe. — seus olhos analisam muito bem meus lábios e isso só demonstra o quanto ele não acredita em minhas palavras.
— Bom, se isso te faz sentir melhor, eu trouxe algo para você. — sua mão esquerda escorrega por dentro de seu bolso e me traz um papel amassadinho, da cor azul claro, algo quase verde, porém com um cheiro tão bom quanto rosas cultivadas numa imensidão de perfumes dóceis.  — Espero que goste, eu sou péssimo em dizer certas coisas. — Justin ri desviando seu olhar, eu noto que esse tipo de coisa o deixa acanhado e, de certa forma, eu amo isso.
Desdobro o papel e dou uma simples passada de olhos sobre o mesmo, notando que novamente é uma carta. Mas antes de lê-la, eu sorrio, pois acabo me lembrando de uma conversa que um dia nós dois tivemos:

— Eu acho que nunca amei uma garota de verdade. E, também, não sei se conseguiria dizer isso a alguém.
— Dizer o quê? “Eu te amo”?
— É!
— São apenas três palavras, Justin.
— Apenas as três palavras que eu não conseguiria dizer a alguém.
— Se você não sabe como dizê-las, pode escrevê-las a alguém. É bem simples.

Justin desvia seu olhar, encara o chão e enquanto suas mãos estão entrelaçadas uma na outra, seus dedos se movem rapidamente. Eu consigo sentir seu nervosismo tocar a dimensão mais distante da minha mente, dizendo o quanto parece envergonhado de olhar para mim e encarar a feição sorridente que agora, nesse exato segundo, demonstro. Dessa vez, não posso controlar, simplesmente solto um riso nasal, mas não por deboche e sim por achar esse ato dele, o ato de enrugar seu rosto e balançar o nariz, o mais fofo de todos.
Deixando de lado a minha falta de coragem, vamos pular para a parte em que eu digo que amo o jeito que você me olha e sorri quando me observa te olhar de volta. Há um tempo desde que eu não ouço sua risada. Eu consigo me lembrar do primeiro dia que eu te vi e de como eu te achei não só a garota mais bonita da festa, mas sim a garota mais bonita que eu já conheci em toda a minha vida. Talvez eu não tenha as respostas das suas perguntas, mas talvez eu pense que o amor possa mover uma montanha, ou tem a possibilidade de o mesmo não durar... Eu parti o meu próprio coração quando eu a vi chorar pela primeira vez. Eu nunca pensei que falaria sobre sentimentos que eu nem ao menos sei quais são, mas... Mas eu sei que num lugar, no fundo da minha alma, você passou a ser a pessoa que eu mais me importo. Eu estou tentando encontrar uma maneira de dizer tudo aquilo que eu quero que você saiba. Eu não sei como agir agora, não quando eu olho para você. De joelhos, eu poderia te pedir mais uma chance, esquecendo de fato todas as idiotices que eu já fiz. Eu sei que te magoei, mas podemos esquecer isso e ter nossa primeira dança? Ontem você fez minha cabeça voltar a pensar, e eu notei que ainda estou aprendendo a respirar. Eu tenho perguntas a você: porque gosta tanto das estrelas? O que faz seu sol nascer de uma maneira tão boa? Você gosta da lua tanto quanto eu? Sel... Eu gosto quando você me beija ou quando você me olha de uma maneira que faz com que eu caia lentamente em um vazio. Eu agora sei o que é ver a melhor pessoa do mundo ir embora. Bom, todos os meus arrependimentos não são nada novos, mas...
Essa é a minha maneira de dizer que preciso de você.

— Eu adorei. — digo sincera, não contendo o sorriso, deixando minhas bochechas doerem com a imensidão que há na curva dos meus lábios. Justin volta a me olhar e me observa guardar o papel por baixo do travesseiro. — Quero dançar com você.
— Você consegue? — assinto com a cabeça e o garoto logo se levanta, arrancando os dois travesseiros que estavam em cada lado do meu corpo. De repente, sua mão puxa meu braço e me tira da cama, deixando com que meus pés toquem no chão pela primeira vez depois de horas deitada.
— Eu não sou muito boa. — confesso.
— Não tem problema. Coloque seus pés sobre os meus.
— Eu estou gorda. — ele gargalha e envolve suas mãos em minha cintura.
— Não, você está grávida. — apesar de tudo, não estão tão cheia quanto digo. — Vamos, você não estaria pesada mesmo se quisesse.
— Depois não diga que eu não lhe avisei. — depois de proferir de uma maneira forte, subo meus dois pés nos dele, passando minhas mãos em sua nuca, debruçando meu corpo sobre o seu; tão mais forte quanto o meu esteve em dezesseis anos.
— Não me lembro de como eu era antes de conhecer você. — ele sussurra por cima do meu rosto, e, então, logo começa a se mover.
— Eu me lembro. — Justin junta suas sobrancelhas, talvez ele não se lembre, mas sei de sua existência há tanto tempo e ela desde sempre foi tão boa para a minha. O mundo sempre pareceu um lugar melhor só por ter Justin nele. — E eu estou me lembrando da primeira vez que eu te vi, pela nonagésima sétima vez.
— Por que gosta das estrelas? — questiona-me depois de ficarmos um tempo em silêncio, apenas sentindo seu corpo se mover.
— Não é sobre como eu gosto as estrelas, mas sim sobre como eu gosto do céu e de  tudo o que há dentro dele. Isso vai das estrelas até as pequenas coisas, tais como a luz do dia ou a escuridão da noite. Mas eu... Eu me identifico com as estrelas. — rimos juntos. — Talvez eu seja apenas uma grande luminosa esfera dentro de uma imensidão cujo nome é tão lindo quanto tudo o que há dentro dele... Porém mesmo dentro dessa imensidão, as estrelas não perdem seu brilho e elas nunca são esquecidas, mesmo que sejam pequenas, mesmo que não sejam importantes. E você sempre terá a oportunidade de olhá-las à noite e pensar em alguém, ainda que isso não faça seu futuro mudar, ainda que elas sejam apenas uma grande luminosa esfera. — Justin parece prestar bastante atenção em mim, sua boca está entreaberta e eu sinto seus músculos bombardearam. — É por esse motivo que eu gosto tanto de tudo o que há no céu. Ele é infinito...
— Você é muito, muito diferente, Selena... — eu não sei se isso é algo bom, mas eu me sinto feliz ao vê-lo sorrir. — Eu gosto disso, porque quando se trata de você... Sei lá, é tudo tão diferente e bom.
— Do que você tem medo? — Justin respira fundo, olha para meus pés sobre os dele e, assim que volta a me olhar, simplesmente responde:
 Tenho medo de perder você. — meus olhos tremem, pois eu sinto o choro querer saltitar da minha garganta, porém eu o seguro firmemente, apertando a nuca de Justin e deixando evidente o quanto sua resposta mexeu comigo.
— Você não pode vir até aqui e simplesmente me dizer isso. — o garoto para de se mover e eu largo seu pescoço, saindo, também, de cima de seus pés cobertos pelo tênis roxo.
— Só de falar com você, meu dia já fica melhor, mesmo que você não acredite nisso.
— Justin... O que você sente por mim? — ele não responde, ficamos em silêncio por diversos segundos, porém esse é o tipo de silêncio que acaba comigo. Por favor, Justin, grite, xingue, mas não fique calado, não quando tudo o que eu quero, é ouvi-lo dizer o que sou para você. — Eu te amo, Justin. Eu te amo até quando você não quer, até mesmo quando você não merece.
Fecho meus olhos fortemente e ele sabe que acabo me sentindo mal devido ao nervosismo. Sinto seus braços me puxarem e me levarem até a cama outra vez.
Justin não diz nada e esse é o tipo de coisa tão em falta que quando eu percebo, ele já não está mais comigo.  
Justin Bieber POV.
Duas semanas depois.
Conforme o tempo passa, o calor fica cada vez mais forte. Eu deslizo as costas da minha mão, diversas vezes sobre minha testa suada, deixando-a ser sujada pela graxa que preenche minha pele melada pelo tempo forte e exaustivo. Ainda que eu esteja sentindo meu corpo cansado, jogo-o sobre o chão, deixando-me ser deslizado por baixo de um dos carros.
Uma vez que eu termino tudo o que tenho que fazer, caminho até minha mochila e limpo meu rosto com uma das toalhas que trouxera essa tarde. Porém ao ouvir a voz de David ecoar fortemente pelo lugar vazio de pessoas, nenhuma além de mim, assusto-me e corro até sua simples sala atrás da oficina.
— Disseram que é urgente, Justin. — atravesso a porta e o homem me entrega o telefone branco, fazendo com que meu corpo se locomova rapidamente ao cômodo, até deixar com que minha mão vaga seja apoiada na parede; local onde o restante do aparelho está conectado.  
— Oi... — eu digo baixo. O cansaço é evidente não só em minha voz, mas também em minha respiração ofegante.
— Justin...
— Mãe?
— Filho, corra ao Ronald.
 — A Selena passou mal? — agora minha preocupação não cabe mais em meu corpo e, por essa razão, me recomponho, esperando com que a mulher responda a minha pergunta.
— Não, Justin, a bolsa da Selena estourou e ela está te chamando. Por favor, venha para cá.
— Mãe, ela está apenas de sete meses. Pelo amor de Deus, esse bebe não pode nascer hoje. — eu quase grito.
— Justin, esse bebê vai nascer hoje. — ela parece irritada. — ELA PRECISA DE VOCÊ.
— Droga! — eu não me despeço, apenas coloco o telefone no gancho e corro até minha mochila. — David, eu tenho que ir. Selena vai ter o bebê agora.
— O quê? — ele questiona surpreso.
— Eu vou ser pai, cara. — rio alto e saio da oficina, indo rapidamente até meu carro.
Minhas mãos estão firmes sobre o volante, enquanto meus olhos parecem tão mais agitados quanto o resto das partes que há em meu corpo. De alguma maneira, eu dirijo mais rápido do que um dia pensei que o faria, logo avistando o imenso prédio que o hospital mais popular da cidade permanece há anos.  
O local está gelado e, mesmo sujo e me sentindo cansado, corro à recepção, logo avistando meus pais na primeira sala de espera que meus olhos alcançam.
— Onde está ela? — pergunto um tanto desesperado.
— Ela já está numa sala. — responde Mandy, me fazendo notá-la ao lado de Brian e da loura, mais conhecida como Taylor.
— Justin! — viro meu rosto após ouvir meu nome ser soado. Zac está com uma máscara sobre a boca, mas noto seu olhar piedoso esboçar a feição aflita entre a metade de seu rosto. — Venha, ela está chamando por você.
Sem resposta, eu o acompanho rapidamente, seguindo um extenso corredor. Durante o caminho, Zac me entrega uma simples máscara e um jaleco básico, fazendo com que eu o vista com pressa. Os médicos estão tão mais desesperados que eu, eu posso sentir o nervosismos de cada um escorrer em minhas veias.
O homem empurra uma porta longe de tudo e todos, e ambos adentramos ao local, avistando várias pessoas em volta de uma maca. Ela está deitada sobre e grita pelo meu nome.
— Eu não posso ter meu filho sem o Justin... Por favor, chamem o Justin. — engulo o seco, pois meu coração diminui dentro do meu peito.
— Ele chegou, Selena. — assim que Zac profere, algumas das pessoas saem da frente e meu olhar se colide com o dela. O rosto de Selena está vermelho, ela chora tanto que eu não sei como me sentir nesse exato momento.
— Justin... — Selena sussurra e estica sua mão, fazendo com que meu corpo se mova, aproximando-se do dela.
— Foi uma promessa, certo? Estou aqui. — ela balança a cabeça e grita logo em seguida, me fazendo notar que sente tanta dor que mal consegue permanecer com seus lábios juntos.
Eu seguro sua mão e observo tudo àquilo por um ângulo diferente, onde eu me sinto mais nervoso do que qualquer outra pessoa.
Selena aperta minha mão e grita diversas vezes, isso só faz com que o medo tome conta de mim, principalmente quando eu vejo a preocupação esboçada em vários rostos em minha frente.
— Respire fundo, querida. — uma voz feminina pede. Eu olho para a enfermeira ao meu lado, ela segura alguns objetos e ajuda com tudo o que está acontecendo, coisas que eu nem ao menos sei o que são. Eu só quero que tudo acabe logo e eu sinto como se não estivesse preparado para isso. — Vai ficar tudo bem. — se ficará tudo bem, então por que eu sinto essa angustia dentro de mim?
Minha respiração está descompensada, eu agora só consigo pensar em minha resposta: “tenho medo de te perder”...
Então, por favor, Selena, apenas não me deixe.


“Se eu pudesse morrer em seus braços, eu não me importaria. Porque toda vez que você me toca,
eu apenas morro em seus braços.” — Die In Your Arms

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