Justin Bieber POV.
Algumas semanas depois.
Durante
algumas semanas, eu me preocupei de verdade, mais do que eu um dia pudesse
pensar que me preocuparia. Quero dizer, de certa forma, eu senti e ainda sinto
medo de algo ruim acontecer a ela. Ainda que eu nunca tenha passado por perdas,
ela talvez pudesse ter se tornado a última pessoa no mundo em que eu poderia
superar. Mas pensar em tal possibilidade, fizera com que minhas noites se
convertessem a uma insônia anormal, de modo que eu não conseguira piscar sem me
sentir menos culpado por tudo o que aconteceu em poucos meses.
Meus
amigos e eu passamos alguns finais de semanas em minha casa, lugar que,
enquanto bebíamos, pintávamos os quatro cantos do quarto. Depois de pronto,
eles também me ajudaram a decorá-lo de uma forma simples, porém realmente
bonita, dando-nos a oportunidade de vermos um berço branco no centro do cômodo
e, ao seu lado, uma cômoda da mesma cor, bem larga, de fato. Eu comprei uma
cortina na semana passada. Ainda que eu não saiba que Selena pense em voltar
para nossa casa, eu espero por isso.
Zac
permanece ao meu lado, ele está medicando Selena e já faz um tempo desde o
momento em que o mesmo chegou.
—
Você estará lá comigo, Zac? — questiona a garota, seu rosto está fraco e as
juntas dos seus olhos aparentam estar cansadas.
—
Sim, Selena, eu estarei lá com você. — ele a responde depois de juntar suas
coisas. É a terceira vez do dia que Selena passa mal. — Justin, você poderia
nos deixar a sós? — sua pergunta me deixa um pouco aflito, quero dizer, por que
não posso estar presente? — Preciso conversar com Selena. — mesmo não querendo,
eu balanço a cabeça e lentamente e me dirijo para fora do quarto, deixando a
madeira bater por trás do meu corpo rígido.
Desço
as escadas com calma, observando, sem muitos esforços, Brian e Mandy sentados
em um dos sofás que há na sala. A televisão está ligada e ambos parecem atentos
na programação que passa. É pouco mais das nove da noite, eu cheguei cerca de
três horas atrás. Então, assim que me sento em uma poltrona, noto que o homem
alto me olha agora, ele não parece gostar de mim, mas sinto que me empurra pela
garganta apenas porque não há outro meio.
—
Você passará outra noite aqui, rapaz? — Brian pergunta e devido à forma que sua
voz soa, eu rapidamente nego com a cabeça e completo:
—
Não, senhor. — eu nego não querendo, mas sim sabendo que ele, o pai de Selena,
não quer que eu novamente volte a dormir com ela.
—
Muito bom. — ele responde e arranca uma risada de Mandy, que apesar de também
não ir muito com a minha cara, jamais rendeu assunto enquanto estivemos por
perto. Eu realmente acho isso bom, afinal, eu não saberia o que dizê-la.
Selena Gomez POV.
Seus
olhos claros passeiam por minha barriga por diversos momentos, enquanto suas
mãos sentem os batimentos que o bebê transfere de dentro do meu corpo,
causando-me um mal estar que, mesmo não querendo admitir, sinto. Em outras
palavras, tais como as que eu não quero dizer, meu bebê passara a me fazer tão
mal quanto eu poderia pensar que um dia aconteceria. Meu corpo não coopera em
nada que meu cérebro o manda fazer, muito pelo contrário, mesmo desejando mover
todos os músculos que me restam, permaneço imóvel, como um peso morto sobre a
cama. Sinto o fervor em meu sangue escorrer por minhas veias, enquanto sei,
mesmo não me vendo frequentemente, que meu reflexo é tão podre quanto a forma
ruim que venho sentindo em mim. Então, quanto o bebê se mexe, é algo como se
isso dilacerasse todos os órgãos que complementam meu eu, e é inevitável não
sentir a imensa dor entre minhas pernas, na região central da minha barriga e
sobre a espinha das minhas costas, totalmente rígida e ferida.
—
Você tem bebido o remédio? — Zac me pergunta de uma maneira calma, porém eu sei
que ele está tão preocupado quanto Justin.
—
Sim, Zac, todos os dias antes de adormecer. — explico direitinho, minha voz é
fraca, mas não tanto quanto meu corpo. Minhas juntas, todas elas, estão tão
cansadas de permanecerem trabalhando.
—
Ok. — ele se levanta e conserta os travesseiros que estão em cada lado do meu
corpo, eles vêm me proporcionado um pouco de calma, pois com eles, às vezes, me
esquivo da dor, mesmo que por poucos segundos. — Selena, agora eu preciso que
preste bastante atenção. — assinto com a cabeça, minha respiração está rápida e
quase descontrolada, porém seguro o nervosismo, engolindo o seco e sentindo
meus lábios racharem após passar meus dois dentes superiores sobre os mesmos. —
Se passaram quatro semanas e tem ficado cada vez mais difícil fazer com que o
bebê permaneça aí dentro. Eu entendo que está sendo dias difíceis, mas você vai
precisar aguentar mais dois meses.
—
Eu aguento, Zac. — eu não sei se menti, mas quero acreditar que aguentarei
todas as dores se isso fizer com que meu bebê nasça bem.
—
Você está muito fraca e precisa controlar quaisquer movimentos que ele der. —
eu balanço a cabeça e o encaro bem. Sua feição é morna, porém transfere
preocupação. — Eu farei com que tudo dê certo, mas você vai precisar ser forte,
tudo bem? Quando chegar a hora, você vai precisar ter em mente que qualquer ato
mal cometido, trará resultados não desejados. Sua gravidez é de risco e eu
nunca lhe escondi isso.
—
Eu sei. — não sou rude.
—
Se esse bebe vier antes dos noves meses, ele pode não sobreviver. — meu olho se
enche de lágrimas e isso faz com que eu sinta as batidas do meu próprio
coração. Pensar nisso é algo que me parte ao meio, metaforicamente, mas que dói
de uma maneira que mesmo física, não doeria.
—
Zac... Por favor, não deixe meu bebê morrer.
—
Eu juro que farei o impossível, Selena. — balanço a cabeça, pois não sei uma
forma melhor de agradecer, nem mesmo dizendo “obrigada”. — Eu não posso lhe dar
absolutamente mais nada para amenizar a dor, você não pode beber remédios. O
que eu te passei é bem fraco, por isso o efeito não vale para nada.
—
Tudo bem, eu aguento. — ele sorri, mas não sei por quê.
De
certa forma, o homem recolhe suas coisas e se despede de mim, saindo do quarto
após apagar a luz fraca que há por cima do meu corpo deitado. Não demora muito
para que Justin apareça. Em seu rosto não há um sorriso, a verdade é que eu não
o vejo sorrir já faz um tempo.
— Como você está? — ele pergunta após
sentar-se ao meu lado. Suas mãos seguem em direção a minha barriga rígida. Eu
acho estranho o fato de que sempre que Justin está por perto, o bebê aparenta
ficar tão agitado. Talvez ele apenas sinta o mesmo que eu sinto quando ele está
ao meu lado.
—
Estou bem, não se preocupe. — seus olhos analisam muito bem meus lábios e isso
só demonstra o quanto ele não acredita em minhas palavras.
—
Bom, se isso te faz sentir melhor, eu trouxe algo para você. — sua mão esquerda
escorrega por dentro de seu bolso e me traz um papel amassadinho, da cor azul
claro, algo quase verde, porém com um cheiro tão bom quanto rosas cultivadas
numa imensidão de perfumes dóceis. — Espero que goste, eu sou péssimo em
dizer certas coisas. — Justin ri desviando seu olhar, eu noto que esse tipo de
coisa o deixa acanhado e, de certa forma, eu amo isso.
Desdobro
o papel e dou uma simples passada de olhos sobre o mesmo, notando que novamente
é uma carta. Mas antes de lê-la, eu sorrio, pois acabo me lembrando de uma
conversa que um dia nós dois tivemos:
— Eu acho que nunca amei
uma garota de verdade. E, também, não sei se conseguiria dizer isso a alguém.
— Dizer o quê? “Eu te
amo”?
— É!
— São apenas três palavras,
Justin.
— Apenas as três palavras
que eu não conseguiria dizer a alguém.
— Se você não sabe como
dizê-las, pode escrevê-las a alguém. É bem simples.
Justin
desvia seu olhar, encara o chão e enquanto suas mãos estão entrelaçadas uma na
outra, seus dedos se movem rapidamente. Eu consigo sentir seu nervosismo tocar
a dimensão mais distante da minha mente, dizendo o quanto parece envergonhado
de olhar para mim e encarar a feição sorridente que agora, nesse exato segundo,
demonstro. Dessa vez, não posso controlar, simplesmente solto um riso nasal,
mas não por deboche e sim por achar esse ato dele, o ato de enrugar seu rosto e
balançar o nariz, o mais fofo de todos.
Deixando de lado a minha
falta de coragem, vamos pular para a parte em que eu digo que amo o jeito que
você me olha e sorri quando me observa te olhar de volta. Há um tempo desde que
eu não ouço sua risada. Eu consigo me lembrar do primeiro dia que eu te vi e de
como eu te achei não só a garota mais bonita da festa, mas sim a garota mais
bonita que eu já conheci em toda a minha vida. Talvez eu não tenha as respostas
das suas perguntas, mas talvez eu pense que o amor possa mover uma montanha, ou
tem a possibilidade de o mesmo não durar... Eu parti o meu próprio coração
quando eu a vi chorar pela primeira vez. Eu nunca pensei que falaria sobre
sentimentos que eu nem ao menos sei quais são, mas... Mas eu sei que num lugar,
no fundo da minha alma, você passou a ser a pessoa que eu mais me importo. Eu
estou tentando encontrar uma maneira de dizer tudo aquilo que eu quero que você
saiba. Eu não sei como agir agora, não quando eu olho para você. De joelhos, eu
poderia te pedir mais uma chance, esquecendo de fato todas as idiotices que eu
já fiz. Eu sei que te magoei, mas podemos esquecer isso e ter nossa primeira
dança? Ontem você fez minha cabeça voltar a pensar, e eu notei que ainda estou
aprendendo a respirar. Eu tenho perguntas a você: porque gosta tanto das
estrelas? O que faz seu sol nascer de uma maneira tão boa? Você gosta da lua
tanto quanto eu? Sel... Eu gosto quando você me beija ou quando você me olha de
uma maneira que faz com que eu caia lentamente em um vazio. Eu agora sei o que
é ver a melhor pessoa do mundo ir embora. Bom, todos os meus arrependimentos
não são nada novos, mas...
Essa
é a minha maneira de dizer que preciso de você.
—
Eu adorei. — digo sincera, não contendo o sorriso, deixando minhas bochechas
doerem com a imensidão que há na curva dos meus lábios. Justin volta a me olhar
e me observa guardar o papel por baixo do travesseiro. — Quero dançar com você.
—
Você consegue? — assinto com a cabeça e o garoto logo se levanta, arrancando os
dois travesseiros que estavam em cada lado do meu corpo. De repente, sua mão
puxa meu braço e me tira da cama, deixando com que meus pés toquem no chão pela
primeira vez depois de horas deitada.
—
Eu não sou muito boa. — confesso.
—
Não tem problema. Coloque seus pés sobre os meus.
—
Eu estou gorda. — ele gargalha e envolve suas mãos em minha cintura.
—
Não, você está grávida. — apesar de tudo, não estão tão cheia quanto digo. —
Vamos, você não estaria pesada mesmo se quisesse.
—
Depois não diga que eu não lhe avisei. — depois de proferir de uma maneira
forte, subo meus dois pés nos dele, passando minhas mãos em sua nuca,
debruçando meu corpo sobre o seu; tão mais forte quanto o meu esteve em
dezesseis anos.
—
Não me lembro de como eu era antes de conhecer você. — ele sussurra por cima do
meu rosto, e, então, logo começa a se mover.
—
Eu me lembro. — Justin junta suas sobrancelhas, talvez ele não se lembre, mas
sei de sua existência há tanto tempo e ela desde sempre foi tão boa para a
minha. O mundo sempre pareceu um lugar melhor só por ter Justin nele. — E eu
estou me lembrando da primeira vez que eu te vi, pela nonagésima sétima vez.
—
Por que gosta das estrelas? — questiona-me depois de ficarmos um tempo em
silêncio, apenas sentindo seu corpo se mover.
— Não é sobre como eu gosto as
estrelas, mas sim sobre como eu gosto do céu e de tudo o que há dentro
dele. Isso vai das estrelas até as pequenas coisas, tais como a luz do dia ou a
escuridão da noite. Mas eu... Eu me identifico com as estrelas. — rimos juntos.
— Talvez eu seja apenas uma grande luminosa esfera dentro de uma imensidão cujo
nome é tão lindo quanto tudo o que há dentro dele... Porém mesmo dentro dessa
imensidão, as estrelas não perdem seu brilho e elas nunca são esquecidas, mesmo
que sejam pequenas, mesmo que não sejam importantes. E você sempre terá a
oportunidade de olhá-las à noite e pensar em alguém, ainda que isso não faça
seu futuro mudar, ainda que elas sejam apenas uma grande luminosa esfera. —
Justin parece prestar bastante atenção em mim, sua boca está entreaberta e eu
sinto seus músculos bombardearam. — É por esse motivo que eu gosto tanto de tudo
o que há no céu. Ele é
infinito...
—
Você é muito, muito diferente, Selena... — eu não sei se isso é algo bom, mas
eu me sinto feliz ao vê-lo sorrir. — Eu gosto disso, porque quando se trata de
você... Sei lá, é tudo tão diferente e bom.
—
Do que você tem medo? — Justin respira fundo, olha para meus pés sobre os dele
e, assim que volta a me olhar, simplesmente responde:
— Tenho medo de perder você. — meus olhos tremem, pois eu sinto o
choro querer saltitar da minha garganta, porém eu o seguro firmemente, apertando
a nuca de Justin e deixando evidente o quanto sua resposta mexeu comigo.
—
Você não pode vir até aqui e simplesmente me dizer isso. — o garoto para de se
mover e eu largo seu pescoço, saindo, também, de cima de seus pés cobertos pelo
tênis roxo.
— Só
de falar com você, meu dia já fica melhor, mesmo que você não acredite nisso.
— Justin... O que você sente por mim? —
ele não responde, ficamos em silêncio por diversos segundos, porém esse é o
tipo de silêncio que acaba comigo. Por favor, Justin, grite, xingue,
mas não fique calado, não quando tudo o que eu quero, é ouvi-lo dizer o que sou
para você. —
Eu te amo, Justin. Eu te amo até quando você não quer, até mesmo quando você
não merece.
Fecho
meus olhos fortemente e ele sabe que acabo me sentindo mal devido ao
nervosismo. Sinto seus braços me puxarem e me levarem até a cama outra vez.
Justin
não diz nada e esse é o tipo de coisa tão em falta que quando eu percebo, ele
já não está mais comigo.
Justin Bieber POV.
Duas semanas depois.
Duas semanas depois.
Conforme
o tempo passa, o calor fica cada vez mais forte. Eu deslizo as costas da minha
mão, diversas vezes sobre minha testa suada, deixando-a ser sujada pela graxa
que preenche minha pele melada pelo tempo forte e exaustivo. Ainda que eu
esteja sentindo meu corpo cansado, jogo-o sobre o chão, deixando-me ser
deslizado por baixo de um dos carros.
Uma
vez que eu termino tudo o que tenho que fazer, caminho até minha mochila e
limpo meu rosto com uma das toalhas que trouxera essa tarde. Porém ao ouvir a
voz de David ecoar fortemente pelo lugar vazio de pessoas, nenhuma além de mim,
assusto-me e corro até sua simples sala atrás da oficina.
—
Disseram que é urgente, Justin. — atravesso a porta e o homem me entrega o
telefone branco, fazendo com que meu corpo se locomova rapidamente ao cômodo,
até deixar com que minha mão vaga seja apoiada na parede; local onde o restante
do aparelho está conectado.
—
Oi... — eu digo baixo. O cansaço é evidente não só em minha voz, mas também em
minha respiração ofegante.
— Justin...
—
Mãe?
— Filho, corra ao Ronald.
—
A Selena passou mal? — agora minha preocupação não cabe mais em meu corpo e,
por essa razão, me recomponho, esperando com que a mulher responda a minha
pergunta.
— Não, Justin, a bolsa da
Selena estourou e ela está te chamando. Por favor, venha para cá.
—
Mãe, ela está apenas de sete meses. Pelo amor de Deus, esse bebe não pode
nascer hoje. — eu quase grito.
— Justin, esse bebê vai
nascer hoje. —
ela parece irritada. — ELA PRECISA DE VOCÊ.
—
Droga! — eu não me despeço, apenas coloco o telefone no gancho e corro até
minha mochila. — David, eu tenho que ir. Selena vai ter o bebê agora.
— O
quê? — ele questiona surpreso.
—
Eu vou ser pai, cara. — rio alto e saio da oficina, indo rapidamente até meu
carro.
Minhas
mãos estão firmes sobre o volante, enquanto meus olhos parecem tão mais
agitados quanto o resto das partes que há em meu corpo. De alguma maneira, eu
dirijo mais rápido do que um dia pensei que o faria, logo avistando o imenso
prédio que o hospital mais popular da cidade permanece há anos.
O
local está gelado e, mesmo sujo e me sentindo cansado, corro à recepção, logo
avistando meus pais na primeira sala de espera que meus olhos alcançam.
—
Onde está ela? — pergunto um tanto desesperado.
—
Ela já está numa sala. — responde Mandy, me fazendo notá-la ao lado de Brian e
da loura, mais conhecida como Taylor.
—
Justin! — viro meu rosto após ouvir meu nome ser soado. Zac está com uma
máscara sobre a boca, mas noto seu olhar piedoso esboçar a feição aflita entre
a metade de seu rosto. — Venha, ela está chamando por você.
Sem
resposta, eu o acompanho rapidamente, seguindo um extenso corredor. Durante o
caminho, Zac me entrega uma simples máscara e um jaleco básico, fazendo com que
eu o vista com pressa. Os médicos estão tão mais desesperados que eu, eu posso
sentir o nervosismos de cada um escorrer em minhas veias.
O
homem empurra uma porta longe de tudo e todos, e ambos adentramos ao local,
avistando várias pessoas em volta de uma maca. Ela está deitada sobre e grita
pelo meu nome.
— Eu não posso ter meu
filho sem o Justin... Por favor, chamem o Justin. — engulo o seco, pois meu
coração diminui dentro do meu peito.
—
Ele chegou, Selena. — assim que Zac profere, algumas das pessoas saem da frente
e meu olhar se colide com o dela. O rosto de Selena está vermelho, ela chora
tanto que eu não sei como me sentir nesse exato momento.
—
Justin... — Selena sussurra e estica sua mão, fazendo com que meu corpo se
mova, aproximando-se do dela.
—
Foi uma promessa, certo? Estou aqui. — ela balança a cabeça e grita logo em
seguida, me fazendo notar que sente tanta dor que mal consegue permanecer com
seus lábios juntos.
Eu
seguro sua mão e observo tudo àquilo por um ângulo diferente, onde eu me sinto
mais nervoso do que qualquer outra pessoa.
Selena
aperta minha mão e grita diversas vezes, isso só faz com que o medo tome conta
de mim, principalmente quando eu vejo a preocupação esboçada em vários rostos
em minha frente.
— Respire fundo, querida. — uma voz
feminina pede. Eu olho para a enfermeira ao meu lado, ela segura alguns objetos
e ajuda com tudo o que está acontecendo, coisas que eu nem ao menos sei o que
são. Eu só quero que tudo acabe logo e eu sinto como se não estivesse preparado
para isso. — Vai ficar tudo bem. — se ficará tudo bem, então por que
eu sinto essa angustia dentro de mim?
Minha respiração está descompensada, eu
agora só consigo pensar em minha resposta: “tenho medo de te perder”...
Então,
por favor, Selena, apenas não me deixe.
“Se eu pudesse morrer em seus braços, eu não me importaria.
Porque toda vez que você me toca,
eu apenas morro em seus braços.” — Die In Your Arms
eu apenas morro em seus braços.” — Die In Your Arms
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