— Eu
sou um idiota, eu errei com você, disse coisas ridículas para você e eu sinto
muito. — falo alto, enquanto mantenho minhas mãos sobre o volante. Treino
frases, pedidos de desculpas, me convencendo de que ela vai me compreender como
sempre fizera, que vai alisar meu rosto e dizer que está tudo bem, que me ama
mesmo com a parte idiota que permanece em mim.
Estaciono
o carro na garagem, desço do mesmo e entro em casa. O lustre da sala está
aceso, assim como o da cozinha. Posso ver a iluminação clarear o corredor em
frente à escadaria com um grosso tapete verde sobre a mesma.
Subo
ao segundo andar e abro a porta branca com algumas flores roxas sobre a mesma,
acompanhada do nome de ambas as minhas filhas. Assim que coloco meu rosto para
dentro do quarto cor-de-rosa, vejo as garotinhas deitadas; cada uma em sua
cama. O abajur permanece ligado, ele clareia o perímetro em que estão.
Fecho
a porta e viro meu corpo, dando três passos e adentrando no meu quarto e do de
Selena, encontrando-o vazio, a cama está arrumada, tudo em perfeitas ordens.
—
Selena? — chamo-a baixinho, se ela estivesse em algum canto do cômodo, me
escutaria.
Volto
todo o caminho pelo qual trajei, descendo as escadas de maneira rápida, ouvindo
meus passos ecoar de forma alta e profunda. Dou uma boa passada de olhos na
sala, têm algumas almofadas jogadas ao chão, eu me lembro do segundo em que eu
a empurrei, eu sentia a raiva acumular minhas veias.
Após
colocar ambos os pés sobre a primeira cerâmica que há na cozinha, eu vejo seu
corpo parado em frente à geladeira. Olho-a da cabeça aos pés, observando que
Selena traja sua camisola de seda fina. Eu sempre amei a forma como ela fica em
seu corpo, isso só me mostra todas as noites que ela é a mulher mais linda que
existe.
—
Oi! — eu falo em um tom baixo, ela se assusta e vira um pouco seu rosto. Sua
boca se mantém entreaberta, sua respiração parece incompatível a minha, uma vez
que ela não parece mais controlada por meus pulmões amortecidos pela calma que
suguei, minutos atrás, do fundo da minha alma.
—
Eu guardei três pedaços de pizza na geladeira, caso esteja com fome. — ela
volta a encarar o lugar que tinha sua atenção antes de me ouvir chamá-la. Tenho
uma bela visão de sua nuca, visto que seus cabelos estão presos em um coque.
—
Amor? — eu falo alto, agora. Selena não se vira, mas espera que eu continue. —
Por favor, precisamos conversar.
A
morena volta a se virar, seus braços estão retos e sua feição permanece calma.
Quando aprofundo minha visão, enxergo suas pálpebras inferiores inchadinhas.
Ela chorou por horas, enquanto eu estava ocupado demais tentando me divertir,
pois queria esquecer a discussão que eu mesmo criei.
—
E-eu... — engulo o seco, tenho a certeza do que quero dizer. — Eu me encontrei
com uns amigos do colegial. Bebi um pouco de vinho e, depois... Eu levei Hailey
ao seu apartamento. — Selena arregala seus olhos, eu vejo as duas pelinhas de
seu nariz pulsarem, sua respiração está descontrolada. Ela sente medo do que
está prestes a vir. — Ela me chamou para entrar e beber um pouco. — e, antes de
eu continuar, eu observo as lágrimas serem criadas em seus olhos e deslizarem
sobre sua feição triste.
Não chore, meu amor, eu
jamais ficaria com alguém que não fosse você.
—
Justin... — ela sussurra.
—
Eu não entrei. — respondo antes de ouvi-la me questionar. — Não consegui, eu
pensei tanto em você. Eu vim para casa. — olho para o chão, procuro por mais
palavras. — Eu sei que você está se sentindo insegura agora e com medo, mas eu
espero que você acredite em mim ao me ouvir dizer que eu nunca, nunca, nunca
traí você. — ela passa suas mãos sobre o rosto, limpando as lágrimas que
insistiam em ser protestadas. — Eu te amo, Selena, eu te amo tanto que não sei
como explicar. Tudo o que eu sei é que eu fui um idiota por ter agido da forma
que agi essa noite, por ter dito palavras sem pensar e insinuado coisas
ridículas. Eu acho que sou apaixonado por você desde a primeira vez que botei
meus olhos nos seus, quando eu lhe vi sentada naquele maldito sofá da casa do
Dylan. — ela solta uma risada meiga e sorri. — Eu nunca poderia imaginar que
você seria a mulher da minha vida, por mais previsível que nossa relação seja.
Eu
costumava dizer a ela o quanto ela é importante para mim, isso aconteceu nos
primeiros meses, depois, conforme o tempo foi passando, minhas palavras
sumiram, até eu só dizer que a amo, sem detalhe algum, sem motivo, sem
explicação. Apenas um eu te amo remoto e simples.
— E
todos aqueles momentos em que você diz ser minha, você me faz sentir como se eu
fosse seu mundo inteiro. E todos os dias quando estamos longe, eu consigo me
lembra perfeitamente o jeito que você diz “eu te amo” para mim. — eu sinto meus
olhos arderem, a vontade de chorar é absurda, não consigo entender por que, mas
olhá-la agora parece a melhor opção. — E eu descobri que eu nunca serei uma
sorte para você. Sorte é poder tê-la na minha vida. Você é tudo o que eu quero.
Eu amo tudo o que há em você... Seus olhos castanhos, suas bochechas inchadas,
a ponta quadradinha do seu nariz... Seus seios incrivelmente grandes. — ela ri alto
e nega com a cabeça, ainda está chorando, seu rosto se encontra vermelho. —
Você é o meu sonho, Selena... E por mais distante que eu esteja, eu estou
pensando em você.
c Eu não quero te perdeu nunca. —
quando ela diz, seu corpo sofre um impulso forte, ela quase corre em minha
direção. Meu corpo relaxa quando sinto seus braços apertarem-me, ela me abraça
de maneira única, seu cheiro dócil apossa minhas narinas, eu fecho meus
olhos por força do hábito. — Minha vida é viver de você.
— sua voz soa num sussurro único, eu sinto que nossos corpos podem se fundirem.
E agora eu tenho a certeza: eu jamais amaria alguém tanto quanto eu a amo. — Eu
te amo, Justin, eu te amo desde sempre. — eu empurro um pouco seu rosto e a
olho melhor. Selena sorri para mim, eu me dou ao trabalho de tatear seu rosto,
não querendo me esquecer dele jamais. Quero gravar cada detalhe, até suas
linhas invisíveis, suas covinhas imperceptíveis.
—
Me desculpe, meu amor. — eu falo baixinho, enchendo seu rosto de beijos,
enquanto ambas as minhas mãos permanecem segurando seu rosto; ela está com os
olhos presos aos meus. — Eu te amo. Eu não quero magoá-la nunca.
—
Tudo bem. — ela sussurra num timbre tão gostoso.
Suas
mãos brincam com meu pescoço, agora. Por alguns segundos, ficamos nos olhando, até
que um ato meu muda todo o clima em que nos encaixamos. Entretanto, minha mão
esquerda é elevada à altura de seus cabelos, agilmente, eu puxo o coque e
vejo-o se desfazer lentamente. Seus cabelos, ao todo, tocam seus ombros
cobertos apenas pelas alças finas de sua linda camisola rosada.
—
As meninas estão dormindo. — eu falo por falar, mas esbanjando malícia em meu
tom. Suas unhas me arranham delicadamente, elas são traçadas por minha pele de
maneira curvada, até conseguirem encontrar a gola “V” da minha camiseta.
—
Você está cansando? — ela questiona como de costume.
—
Estou acabado, foi um péssimo dia. — eu minto.
Apesar
de termos brigado, não creio que o dia tenha sido tão horrível quanto cogitei
horas atrás.
Seu
sorriso maldoso escapa, eu abranjo por seus toques, enquanto abaixo minhas mãos
e consigo apoiá-las em seu bumbum empinado, sentindo meu corpo reagir a tal
ato.
Selena
leva sua boca de encontro a o meu pescoço, eu fecho meus olhos quando sinto
seus lábios inchados tocarem, de dois em dois segundos, cada parte da minha
pele por baixo do queixo travado. Logo depois, eu a aperto, envolvo-a em mim,
beijando sua boca entreaberta, totalmente pronta.
Ela
pula em meu colo, eu aperto suas coxas nuas, sentindo ambos os sexos se
chocarem num ato rápido e preciso. Minha boca alcança seu pescoço e Selena joga
sua cabeça para trás, sinto meus beijos cobrirem toda a sua clavícula à mostra.
Eu consigo sentá-la sobre um dos balcões e mármore.
No
entanto, minha mão puxa sua calcinha fina, descendo-a cada vez mais, até
alcançar ambos os calcanhares. Ela ri e os dedos de seus pés se juntam,
enquanto sua feição esbanja algo desejoso. Aliso meus cabelos, logo depois,
volto a beijá-la. Suas mãos tateiam meus braços, até conseguirem tocar à barra
de minha camiseta e puxá-la para cima. Quando dou por mim, a peça verde se
encontra jogada ao chão.
Selena
ri e eu abaixo, calmamente, a alça de sua camisola rosada, e quando essa peça
fina alcança à altura de seu umbigo perfeito, encaro seu par de seios fartos à
frente do meu corpo ainda de pé, por entre suas pernas abertas. Suas mãos
seguem de encontro aos botões de meu jeans escuro, eu apenas a observo mover
seus dedos rapidamente, conseguindo fazer com que minha calça deslize por
minhas pernas esticadas.
Eu
mesmo retiro minha boxer, sentindo meu pau tocar uma de suas coxas. Minhas mãos
puxam Selena para mais perto quando tocam suas costas peladas. Ela apoia suas
palmas sobre o balcão em que permanece sentada e, num ato rápido, levo minha
mão direita em meu pênis. O punheto por quase um minuto, observando Selena me
olhar de maneira delicada. Porém sua boca se abre aos poucos quando eu afundo
meu membro devagar em sua vagina, vendo-a engoli-lo de um jeito lento. Isso me
faz fechar os olhos e sorrir por finalmente estarmos tendo aquela sensação
maravilhosa que sentimos ao tocarmos ambos os corpos.
Todavia,
seu gemido flutua de suas cordas vocais, alinhando um som tão gostoso que me
causa uma risada baixinha. Suas mãos permanecem apoiadas sobre o balcão,
enquanto eu movo meu corpo para frente e para trás, cada vez com mais
agilidade, vendo meu pau sair e entrar e sua vagina escorregadia e apertada.
Selena
balança sua cabeça e espreme os olhos.
—
Deliciosa. — eu falo bem baixinho, me possibilitando vê-la sorrir quando,
enquanto seu corpo balança, abro meus olhos finalmente.
Retiro
minhas mãos de sua cintura, Selena se move em círculos, enquanto eu levo minhas
mãos sobre seus seios que se movimentam conforme seu corpo faz. Meus gruídos
ficam cada vez mais altos, assim como as intocadas; eu sinto meu pau tocar o
fundo mais estreito de Selena.
De
repente, suas mãos não estão mais apoiadas por cima do balcão, seu corpo vai se
deitando aos poucos sobre o mesmo. A visão que tenho de Selena toda esticada
para mim, enquanto ainda adentro e saio de si, é a melhor da noite. Passo minha
mão por sua barriga, ouvindo-a gemer de maneira alta, seus olhos permanecem
fechados, sua cabeça está cada vez mais curvada, sei que por trás de suas
costas há dobrinhas maravilhosas, que apenas eu sou capaz de fazer.
Quando
paro de me movimentar, retiro meu pau de Selena e a vejo voltar a se sentar.
Ela me masturba em movimentos rápidos, eu passo as mãos pelos cabelos e sinto
as veias do meu membro se intensificar, mas sei que meu limite não está por
vir, é só o prazer que domina todo o meu corpo agora. Sou incapaz de raciocinar
de forma intensa.
—
Venha. — puxo seu corpo pela cintura, ela desce do balcão e solta uma risada
meiga. — Vire-se. — mando.
Sem
questionar, Selena vira-se e eu apoio minha mão esquerda sobre suas costas,
empurrando-a com delicadeza, forçando-a se abaixar um pouco. Seus seios tocam o
balcão, ela apoia os braços e o rosto sobre o mesmo, enquanto abre um pouco
suas pernas. Eu arranco sua camisola por completa, deixando-a cair em um lado
qualquer da cozinha.
Agarro
os dois lados de seu bumbum e enfio dois de meus dedos em sua vagina molhada,
masturbando-a rapidamente. Ela grui baixo, como se tentasse evitar soltar algo
mais escandaloso do que tal som proferido.
Logo
mais, penetro-a com meu pênis outra vez, porém com uma velocidade rápida. Eu
ouço o barulho que causa quando minhas coxas se colidem com sua bunda empinada.
Com uma de minhas mãos, pego uma boa quantidade de seus cabelos, rodando-os
sobre minha palma, enquanto a outra permanece firme em sua cintura, no intuito
de não deixar com que nossos sexos se separem nem que seja por poucos segundos.
—
Isso! — ela diz baixinho, levantando um pouco seu corpo e me olhando por trás
de seu ombro. Eu mordo meus lábios ao encarar sua feição desesperada pelos meus
toques.
Quando
Selena berra, eu sinto seu gozo fervente expandir-se com meu pênis ereto ainda
por dentro de sua vagina, eu o noto melado quando o mesmo permanece saindo e
entrando em movimentos rápidos. Seu corpo se relaxa, eu sinto minhas pernas tremerem,
meus músculos pulsam de maneira mais forte, eu fecho os olhos, forço uma careta
e solto um último gemido abafado, evidenciando minha porra sair de forma
habilidosa.
Retiro-me
de Selena e a vejo se levantar.
—
Eu nunca meti tão gostoso. — falo baixinho, com minha boca colada em seu lóbulo
da orelha direita.
—
Então, o meu homem perfeito já está satisfeito?
—
Três meses sem sexo e você ainda acha que estou satisfeito? — brinco, ela beija
meus lábios. — Você acha que elas ouviram alguma coisa?
— Espero
que não. — fala por fim.
Recolhemos
as peças de roupas e subimos as escadas rapidamente. Antes de adentrarmos nosso
quarto, abro a porta do de Sky e Hope e as observo deitadinhas em ambas as
camas. Elas permanecem dormindo como lindas e maravilhosas anjinhas.
—
É. Acho que não. — volto a fechar a porta e entro em meu quarto, vendo Selena
prender seus cabelos e caminhar em direção ao banheiro. Suas roupas estão
jogadas e logo as minhas fazem companhia.
Grudo
nossos corpos e nós adentramos o cômodo espaçoso.
Seu
pé direito toca à banheira e, logo depois, o esquerdo repete o movimento. Vejo
a torneira esbanjar água de maneira forte. Selena se senta normalmente e molha
seus seios. Eu ainda estou parado perto da porta.
—
Vai ficar aí? — rapidamente nego com a cabeça. Meus passos são rápidos, eu me
sento ao seu lado, puxando seu rosto com minha mão vaga, enquanto a outra
acaricia sua barriga. — Amor?
—
Hm? — beijo seus lábios, permaneço de olhos fechados.
—
Tenho que te falar algo.
—
Fale, meu anjo. — sussurro baixinho, por cima de seu rosto. Logo mais, levo
minha mão em seus lábios, tateando-os gentilmente. Selena beija meus dois
primeiros dedos e eu abro os olhos, dando-me a possibilidade de vê-la me
encarar séria. Parece aflita. — O que foi?
—
Estou grávida. — por alguns segundos, fico estático. Eu pisco várias vezes até
conseguir digerir suas duas palavras.
—
Grávida? — ela balança a cabeça. — Como isso aconteceu?
—
Uai. Como as mulheres ficam grávidas, Justin? — sua pergunta é óbvia, eu
balanço a cabeça rapidamente e retiro minhas mãos de seu corpo. Encaro a água
que preenche cada vez mais a banheira arredondada. — Estou de quase três meses.
— eu olho para sua barriga. Não havia reparado a diferença, mas agora sabendo
sobre a novidade, há sim algo distinto. — Você não gostou, né?
—
Não é isso. — falo baixo, mas ela me ouve. — Eu gostei, claro que gostei,
Selena. Eu só tenho medo de não estar presente quando você precisar de mim.
—
Mas você voltou, não é mesmo? Você voltou para ficar comigo. — ela me abraça e
beija meu rosto. — Eu estou feliz. — sua voz sai em sussurros, eu sorrio.
Isso
sempre foi o mais importante. Eu amo minhas filhas, mas o que eu sinto pela
Selena é tão anormal. Ela é realmente exatamente tudo o que importa para mim.
—
Venha. — eu puxo seu corpo, ela se senta em minhas pernas. Apoio minhas mãos em
sua cintura. — Eu te amo. E eu também amo esse bebê que está vindo.
—
Eu estava com medo de você rejeitá-lo. — sua voz sai num fio fraco. Ela lambe
seus lábios e eu vejo seus olhos criarem lágrimas.
—
Nunca, meu amor. — eu sorrio de forma estranha.
Não
entendo por que ela pode pensar algo assim. É meu filho, eu jamais o
rejeitaria.
Suas
mãos seguem de encontro a minha nuca, Selena arrasta seu nariz sobre o meu
quando nossos rostos se aproximam.
—
Agora é um garoto... Tem que ser um garoto. — eu falo alto, ela gargalha e
apoia seu rosto em meu ombro. — Mas, então... Vamos foder de novo?
—
Não fale assim. — Selena bate sua mão em meu braço, é até forte.
—
Vamos fazer sexo?
—
Não.
—
Transar?
—
Não, Justin.
—
Meter?
—
Você é tão indecente.
—
Fazer amor? — ela balança a cabeça e sorri. — Não me faça falar isso de novo. É
tão merda.
—
Merda é você dizer que quer me foder. Me faz sentir como se eu fosse uma vadia.
—
Minha vadia. — mordo sua bochecha, lentamente, ouvindo a gritar e rir ao mesmo
tempo.
Arregalo
meus olhos quando vejo a água da banheira usufruir do chão claro. Fecho a
torneira rapidamente, sentindo que se nos movermos, mais água cairá sobre o
chão.
E,
infelizmente, o banheiro se alagou em poucos minutos.
(...)
—
Quantas horas são? — eu pergunto sonolento, me jogando sobre a cama. Meu corpo
relaxa quando sente o contato quente do lençol fino e cheiroso.
—
Cinco e vinte da manhã.
— O
quê? Isso tudo? — Selena se aconchega ao meu lado e apaga seu abajur, mas a
claridade do dia expande-se, aos poucos, sobre o quarto. — Nós transamos por
quantas horas?
—
Desde as onze da noite de ontem. — fala normalmente, ela se deita em minha
parte da cama. Sempre foi assim. Há um espaçamento enorme do lado direito.
Nunca me importei, a verdade é que sempre fui acostumado com sua maneira
medrosa de dormir. Nunca mudou nada entre nós dois.
—
Eu vou dormir até mais tarde. — falo por falar, respirando de maneira ágil, me
sentindo cansado.
—
Justin, um pouco antes das oito da manhã, Hope estará de pé. E a primeira coisa
que ela fará é vir até mim e perguntar se ela pode acordar. — rio baixinho,
envolvendo meus braços em seu corpo.
E eu
fecho os meus olhos por questão de segundos, mas no momento em que os abro,
vejo Hope por cima do corpo de Selena. E tudo o que eu ouço, um pouco antes de
adormecer outra vez, é sua voz fina questionar:
— Mamãe, Hope pote
acortar?
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